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Crosdocking Posto a Prova - O modelo substituto ao dropshipping


CROSDOKING, O QUE VÊM A SER ESTA NOVA MODALIDADE DE VENDAS ONLINE?

Crosdocking o substituto do dropshipping

Crosdocking é uma estratégia de logística onde mercadorias de diferentes fornecedores são recebidas, temporariamente armazenadas e então diretamente enviadas para seus destinos finais, sem a necessidade de armazenamento prolongado. As atividades de crosdocking são um elemento crucial para otimizar a eficiência da cadeia de suprimentos.

Este novo segmento e setor do comércio varejista surge como uma alternativa ao modelo dropshipping, devido a sua inconsistência, volatilidade e alta propensão para prejuízos ao comerciante.

Com o drop o comerciante ou a loja online precisa se preparar para uma série de desafios a serem superados em prol da satisfação do cliente. 
Entre estes desafios temos:

Os prazos de entrega que precisam ser negociados abertamente com o revendedor, buscando reduzir ao máximo a espera para as entregas, e no entanto  dependem de cenários distintos como fretes internacionais, agilidade aduaneira, etc. 
Não obstante há visto quê, operadoras de pagamentos(as mesmas que efetuam o recebimento do cliente no ato da compra) possuem um prazo restrito para devolução do pagamento caso a encomenda não chegue ao destinatário a tempo. 

Como as entregas são em  maioria de origem internacional o lojista terá que se especializar em agilizar este processo para garantir o saldo do pagamento. Normalmente o prazo final para o cliente requerer os valores variam entre 20 a 28 dias pelos principais meios de pagamento usados na internet (mercado pago, pagseguro, PayPal) . Isto representa ter que entregar o produto dentro do prazo máximo de 4 semanas ou o cliente poderá camcelar o pagamento vias estas operadoras.
 O suposto benefício do crosdocking
Uma vez não podendo cumprir com os prazos(e costumam ser frequentes devido a atrasos nos transportes internacionais e principalmente a lentidão alfandegária do Brasil) o pagamento será sustado, com valores devolvidos ao comprador, mas o produto será recebido em casa. 

Quando o cliente  se mostrar insatisfeito com a compra, ou o produto  chegar ao destino após  o comprador ter pedido reembolso, as condições para devolução são desanimadoras. 
Isto ocorre devido a necessidade de enviar o produto de volta para o remetente (que no caso é o fornecedor estrangeiro).

Lançar a devolução internacional será dispendioso na maioria dos casos e não compensa o reenvio, sobrando para a loja duas opções:
Negociar com o cliente o pagamento do produto recebido por fora do sistema de pagamento usado(via pix ou transferência ) ou pedir para que o cliente envie o produto para a base da loja no país, ficando o droppshipper com o produto físico e  em mãos.

Aqui ainda precisaremos considerar o pagamento do frete de devolução que terá que ser pago por uma das partes, geralmente cabendo a loja.

Entrada do CrossDocking

Buscando evitar todas estas complicações inerentes ao sistema droppshipping o modelo de varejo cross docking veio como alternativa ao mercado internacional, oferecendo a possibilidade de a loja não precissr comprar no exterior os produtos mas apenas encomendá-los de bases de armazenamento e distribuição no Brasil. 
Até aqui poderá o leitor pensar que então se trata apenas de um fornecedor nacional, mas não é bem assim.

Com o sistema cross docking, atual e muito divulgado na internet, o que ocorre é que os produtores deste sistema oferecem os benefícios de o lojista poder vender além do mercado tradicional. Por este sistema é possível simcronizar a loja do vendedor com os principais ecosistemas de marketplaces digitais(como Meli e Magalu) ao usar os armazéns de CrossDocking como uma forma de “delivery” de varejos.

Um esclarecimento importante deve ser feito a respeito do endereçamento. Plataformas de marketplace como ML, Shopee e outras usam o endereço do lojista como referência para calcular os preços dos fretes, portanto, ao lançar um produto como sendo da loja(usando o endereço  postal do vendedor cadastrado nas plataformas )mas os enviando a partir do  endereço dos galpões de armazenamento, existirão inconformidades com as tabelas de frete e a conta do lojista poderá ser suspensa ou mesmo banida.

FATOS

O que é fato neste modelo de mercado online?
O que é fato no mercado de crosdocking
Com muitas plataformas do comércio varejista disponíveis para cadastro de lojas e revenda de produtos, nacionais ou importados, optar por armazéns que façam a redistribuição das vendas de lojistas sem que os mesmos sequer ponham as mãos na mercadoria é possível.

Algumas condições específicas como possuir um mercado de nicho, e com alta demanda são essenciais para a lucratividade. 

Os markeplaces habituais podem ser acionados como plataformas de revenda do nicho.
Os principais markets para este negócio são o Mercado livre, Magazine Luiza, Americanas e mesmo a Shoppe.

Produtos dispersos ou genéricos precisam adotar campanhas diferentes como fazer contratos com produtores artesanais locais. Ao adotar o sistema de compra direta é possível negociar com o feirante local a entrega dos produtos como sendo da loja do revendedor.


FARSAS

O que é farsa neste novo modelo de negócio?
O que é farsa no mercado de crosdocking
Empresas que atuam neste segmento lançam promessas de terem os recursos para que, por meio de cadastros e planos de assinatura que variam entre R$50 A R$250 reais mensais o lojista venda sem possuir estoque próprio. 
Uma vez feito o cadastro e pago a mensalidade  antecipada ceberá ao vendedor apenas selecionar os produtos disponíveis nos armazéns e anunciá-los nos marketplaces como sendo seus. 
Ao fazer isto deverá colocar o endereço de envio  do armazém como sendo da própria  loja cadastrada nas plataformas de vendas.

 No entanto, parecer fácil não faz de fato um negócio ser desta forma e críticas e denúncias em sites como o Reclame Aqui a respeito deste modelo de negócios são crescentes, tendo colocado-os em cheque constante.
Experimentamos por conta e risco as operações com este novo mercado digital, escolhendo a empresa distribuidora 'Venda&Cia'.


Acompanhamos o desenvolvimento de nossa própria loja na plataforma da empresa. sim, no caso o vendedor ficará com duas loja sendo uma na própria plataforma distribuidora(chamaremos de loja "atrelada") e outra nos marketplaces(chamaremos de loja "externa") de venda como o ML.

Em nossa experiência com a plataforma confessamos que achamos os contêiners da loja intuitivo, muito clean e de fácil navegação por entre os produtos.
A seleção dos itens que vão ser expostos tanto na loja atrelada quanto na loja externa são fáceis de serem estudados e capturados nas  planilhas.

As engrenagens contábeis da planilha automatizam o valor do produto que poderá  ser do interesse e anexado. A precificação segue a ordem  do valor praticado nos comércios, valor disposto pelo armazém e valor sugerido para revenda.
Também fica disponível para o vendedor usar o texto publicitário inserido no próprio produto, bastando apenas copiar e colar nas lojas externas(na loja atrelada o anúncio acompanha o produto automaticamente).

Tendo feito as escolhas bastou apenas carregar as imagens e o anúncio na loja externa(usamos o MercadoLivre como experiência), lançar uma precificação competitiva e voá la, deixar a mágica das vendas acontecer.

No entanto fazer mágica não é tão fácil fora do circo.
Entre as acusações que registramos antes de entrar nesta empreitada estavam as queixas de os produtos capturados nas plataformas de cross docking(encontramos acusações semelhantes para 3 empresas deste segmento)para serem lançados nos marketplaces não oferecerem possibilidade  de competitividade devido seus preços dispostos.

Confirmamos esta acusação na prática ao nos depararmos com os mesmos produtos selecionados por nós no armazém sendo anunciados por concorrentes no mesmo valor ao qual "compraríamos" para revender. 
Fizemos a constatação deste fato ao setor de atendimento ao cliente do armazém  e a resposta soou como uma "brecha de coaching de vendas" apenas. 
Segundo o atendimento os valores dispostos podem ser encontrados comercializados por outras contas, e vendedores nos marketplaces no entanto o poder de venda de um produto está na "qualificação do vendedor e do seu anúncio nestes ecosistemas".

O fato com este sistema é que para existirem ganhos reais é preciso que exista  diferenças positivas nos preços entre os produtos selecionados no armazem Cross e os produtos iguais de concorrentes encontrados no marketplace. 
Basicamente este é o recurso de ganhos de qualquer revendedor, comprar do fornecedor abaixo do preço praticado no comércio para revender a seu preço.

Mas esta não se mostra uma realidade possível ao modelo CrossDocking  disposto pela 'Venda&Cia' a mesma não entrega preços abaixo do comércio para seus revendedores.

Testamos 47 produtos disponíveis onde encontramos 9 sem concorrência igua de preço no MercadoLivre. No entanto, as diferenças encontradas para estes 9 produtos davam margens para poucos reais  de lucro, não ultrapassando R$ 4,30,00 tornando o negócio insustentável.

Lembrando que o lojista ainda precisa arcar com as mensalidades da conta no armazém e a loja atrelada ao mesmo.

Em uma análise final detectamos um fenômeno desconhecido na plataforma do MercadoLivre onde, produtos semelhantes aos nossos podiam ser encontrados as centenas, com os mesmos anúncios e imagens mas com preços divergindo em poucos centavos.
Se estes eram oriundos de contas associadas aos armazéns de CrossDocking não pudemos confirmar mas o enxame gera a hipótese. 

Embora este segmento seja novo diversas empresas buscam implantar o projeto a mais de 1 ano no comércio Brasileiro mas com expectativas muito abaixo do esperado até ́o momento, tanto para as empresas  como para lojistas.

ANÁLISE FINAL
mercado de Crosdocking foi posto a prova para uma verificação da probabilidade em fazer deste modelo um negócio de sucesso, e obteve desempenho 7 em uma escala de 0 a 100. 
Isto representa um grau de dificuldade de 93% para consolidá-lo como rentável a média de empreendedores comuns, com baixo recurso ou pouca informação sobre as operações relacionadas.

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